sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Um chorinho de ontem, um maxixe pra agora!











Pois é, vou entrar na area de narração de shows aqui em Curitiba - estou preparando o roteiro, na verdade um pequeno resumo dos musicos e do genero aqui da cidade - será minha estreia neste tipo de produção. Apareçam. Segue texto que enviei para divulgação:


Um chorinho de ontem, um maxixe pra agora!
O choro e os chorões de Curitiba.
Dom 08 nov 6 da tarde
Uma resenha de um dos principais gêneros musicais do Brasil vivenciado pelos músicos de Curitiba. Dos mais antigos e autodidatas aos jovens de formação acadêmica.
O show terá um formato de narração breve dos personagens e episódios pitorescos e um grupo base com destacados músicos da cena local:
- Julião Boêmio no cavaquinho
- Vina Chamorro no violão 7 cordas
- Vina Lacerda, percussão
- Daniel Miranda - sax alto e clarinete
- projeto Som da Cidade - Sesc da Esquina - enviado por Cimples Ócio - produções de eventos culturais
Dia 08 de novembro 2009 - 18h00 - domingo
Teatro Sesc da Esquina - 041 3304-2222
Rua Visconde do Rio Branco, 969 - Curitiba - Pr
ingressos: R$ 12,00 e R$ 6,00 - estudantes, idosos e comerciários/dependentes .
+ informações: cimples.ocio@gmail.com
(041) 9172-7407 - 3209-8802.
- ou atraves deste blog nos comentarios

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Choro em Curitiba - 08 nov - 6 da tarde produção Cimples Ócio


Em março deste ano acabei enviando um projeto para o Sesc da Esquina/Som da Cidade para homenagear e mostrar um pouco da história do Choro em Curitiba. Também dar uma pincelada no quesito do autodidatismo e dos novos chorões academicos nas rodas de choro da cidade. Acabou selecionado e montei um texto para divulgação que deixo registrado:

Um chorinho de ontem, um maxixe pra agora!
O choro e os chorões de Curitiba.
Uma resenha de um dos principais gêneros musicais do Brasil vivenciado pelos músicos de Curitiba. Dos mais antigos e autodidatas aos jovens de formação acadêmica.
O show terá um formato de narração breve dos personagens e episódios pitorescos e um grupo base com destacados músicos da cena local:
Julião Boêmio no cavaquinho,
Vina Chamorro no violão 7 cordas,
Vina Lacerda, percussão
Daniel Miranda nos sopros.
Representando os chorões da cidade oito convidados de 18 a 80 anos.
No repertorio choros e maxixes de Antonio Callado, Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Juliao Boêmio, Daniel Miranda, Janguito do Rosário entre outros.
- projeto Som da Cidade - Sesc da Esquina e Cimples Ócio.
Dia 08 de novembro 2009 - 18h00 - domingo
Rua Visconde do Rio Branco, 800
ingressos: R$ 12,00 e R$ 6,00 - estudantes, idosos e comerciários.
+ informações: cimples.ocio@gmail.com
(041) 9172-7407 - 3209-8802
www.cimples-ocio.blogspot.com
- foto: roda de choro no centro historico de Curitiba - em destaque Wilson Moreira no bandolim um dos grandes incentivadores das rodas no Largo da Ordem.
- Juliao Boemio e Vina Chamorro - dupla de cordas de grande afinidade, numa roda na casa do Ceará (Maerlio - Calamengau)

domingo, 11 de outubro de 2009

Roberto Ribeiro, Ismael Silva e sambas da decada de 70






Estou dando uma olhada nos sambistas que estiveram em Curitiba na decada de 70 a 90. Achei esta materia do Aramis Millach que fala de melhores LPs lançados em 1973. Para quem gosta de guardar e rever nomes de sambas (o que não consigo) é prato cheio, pois o Aramis arranjava espaço na sua coluna. Tem comentarios e informações do carnaval de Curitiba de 1974.
Segue a materia:
Música popular
- O bom samba dos mestres Ismael e Elton Medeiros (e uma grata revelação)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de janeiro de 1974
Duas das mais agradáveis surpresas do final de 1973 foram os lançamentos dos discos de Elton Medeiros e Ismael Silva dois dos mais representativos de nossos sambistas e que há muito mereciam gravar novos lps, eles que há tantos anos - Ismael há quase 50, Elton no mínimo há 15 - tanta contribuição vem dando à nossa legítima MPB, com criações inspiradíssimas e que tem sido cantadas em todo o País. Mas não foram apenas os discos de Elton e Ismael, as boas surpresas deste final de ano: a revelação foi de Roberto Ribeiro, jovem sambista que após participar de discos ao lado de Elsa Soares e Simone, teve agora, finalmente o seu próprio lp - um disco de grande vitalidade e beleza, que justificou sua inclusão como o cantor-revelação do ano que passou.
SE VOCÊ JURAR
Há um ano, quando então coordenávamos o Carnaval de Curitiba, idealizamos a formação de um júri de alto nível para julgar as escolas de samba e convidamos Ricardo Cravo Albim, homem que pelo trabalho que desenvolveu em favor da MPB na frente do Museu da Imagem e do Som GB dispensa maiores apresentações. Ricardo não só aceitou o convite, como sugeriu os nomes de Ismael Silva, compositor e fundador da Primeira escola de samba do Brasil (a "Deixa Falar", criada em 12 de agosto de 1928 e que sairia pela primeira vez no Carnaval de 29 e ainda nos anos de 30 e 31) e a cantora Carmem Costa, intérprete de nosso cancioneiro e que criou muitos sucessos inesquecíveis do carnaval. Surgiu então a idéia: porque não aproveitar a presença de Ismael e Carmem e montar um rápido "show", que estrearia no Paiol, dois dias antes do Carnaval? Ricardo, sempre entusiasta, aceitou a proposta e assim os curitibanos tiveram a chance de assistir, em estréia nacional, um dos mais importantes espetáculos montados no Brasil no ano passado: "Se Você Jurar", contando com a participação do violonista José Paulo - que acompanhou Carmem em muitos "shows" nos EUA - foi um grande sucesso, não só nas 2 únicas apresentações no Paiol, mas também no Tuca em São Paulo e na GB, e só problemas de forças maiores impediriam que o espetáculo fosse levado ainda a outras capitais. A volta de Ismael e Carmem aos palcos fez com que se lembrasse destas duas figuras maravilhosas e assim, os jornalistas Milton Eric Nepomuceno (do "Jornal da Tarde", hoje em Buenos Aires) e Antônio Chrisóstomo (ex-Rádio Jornal do Brasil, hoje produtor da RCA Victor), que também vieram para julgar as nossas Escolas de Samba, procuraram divulgar o espetáculo, e de volta a São Paulo e GB, respectivamente, se preocuparam em que o retorno dos 3 artistas não se limitasse ao placo. Logo Carmem faria um belíssimo disco na RCA (comentado há 3 semanas, em O Estado) e, no Outeiro da Glória, participaria de um espetáculo maravilhoso, cantando músicas religiosas, idealizado por Chrisóstomo e que foi escolhido pela revista "Veja" como um dos 10 melhores do ano (e que apesar de gravado pela RCA, ainda não foi editado em lp). Já Ismael mereceria a realização de um excelente documentário em cores (1) e, de 13 a 15 de junho, em São Paulo, gravaria um lp para a excelente série "Documento" da RCA Victor, por onde anteriormente já tinham aparecido só discos de Nelson do Cavaquinho, João de Barro e Synval Silva. E sem dúvida, este se constitui num dos discos mais importantes feitos no ano passado, numa justa referência a quem fez tantas obras-primas do samba - revalorizadas neste disco de alta qualidade técnica, gravado em estúdio de 16 canais, com coordenação geral de Osmar Zandomenighi e direção de estúdio de Waldyr Santos. No lado A, temos os temas mais conhecidos de Ismael: "Antonico", "Nem é Bom Falar" (em parceria com Francisco Alves/Nilton Bastos), "Adeus" (em parceria com Noel Rosa), "Me Diga teu Nome" (c/Noel), "Boa Viagem" (c/Noel), "Se Você Jurar" (c/Francisco Alves/Nilton Bastos), "Prá Me Livrar do Mal" (c/Noel Rosa), "Ao Romper da Aurora" (c/Francisco Alves/Lamartine Barbosa). "Choro Silva", "Tristezas Não Pagam Dívidas" e "Novo Amor". No lado B, uma prova da vitalidade de Ismael, com sambas novos, alguns inéditos até agora: "Contrastes", "Alegria", "Aliás", "Receio", "Entrada Franca" e "Afina a Viola". Ouvindo-se a nova fase de Ismael e vendo-se que aos 68 anos o velho sambista continua em sua melhor forma é de se lembrar que tantos intérpretes de boa voz mas repertório limitado não se lembrem de ir procurá-lo em seu modesto quarto de pensão, para gravar e divulgar suas novas músicas não só as que ele revela neste lp - como o inteligente "Contraste" - mas outros que mostrou no palco e que, não sabemos porque razão, não foram incluídos no disco, como "Agora vou dizer nome feio", uma criação humorística na melhor linha de seu amigo e parceiro Noel Rosa. A história de Ismael - sua amizade com Francisco Alves (que de 1929 a 1931, seria o intérprete exclusivo de seus sambas em parceria com Nilton Bastos), sua profícua parceria com Noel Rosa do qual resultaram nove obras primas entre os quais "Pra Me Livrar do Mal", "Uma Jura que Fiz" e "A Razão dá-se a quem tem" e seu posterior afastamento da vida artística até 1950, quando Alcides Gerardi gravou "O Antonico" - é resumida com inteligência, por Ricardo Cravo Albim no texto de contracapa. Esquecido durante anos Ismael voltou a ser revalorizado em 1957, num "show" de grande sucesso, "O Samba Nasce no Coração" ao lado de Ataulpho Alves, Pixinguinha e toda a velha guarda. Logo depois, Ismael gravou seus dois primeiros elepês como intérprete de suas músicas: "O Samba na Voz do Sambista" (da Sinter, 1955) (2) e "Ismael Canta Ismael" (da Mocambo, 1956). Depois, mais um impulso e absurdo esquecimento quando ele voltou, de princípio no zicartola e em seguida no "show" , "O Samba pede Passagem" (do qual seria gravado seu 3º elepê, Philips, 1965), homenagens na Bienal do Samba e ainda programas especiais de TV e na boite Jogral, em São Paulo. Agora, sete anos depois, Ismael voltou a gravar e a cantar. Esperamos que desta vez não haja um novo "intermezzo" de esquecimento ao bom Ismael.
ELTON MEDEIROS
A seleção de 10 melhores discos do ano não é tarefa fácil: embora não chegue a 20% do total de lançamentos fonográficos aquilo que se pode classificar de realmente importante para a música popular brasileira existe sempre, num balanço ao fim de cada ano, 20 a 30 lps que, por razões diversas as destacam da maioria. Ao fazermos o nosso balanço de 73, como acontece desde 1967, o disco de Paulinho da Viola não poderia ficar ausente. Afinal, Paulo César Baptista Faria, 31 anos, é hoje um dos 3 mais importantes compositores brasileiros e que em cada novo disco evolui mais, incluindo ao lado de suas perfeitas criações também o que existe de melhor na MPB. Mas este ano, ao lado do disco de Paulinho ("Nervos de Aço"), tivemos a satisfação de vê-lo também como produtor, com um disco que mereceu também figurar na seleção: Elton Medeiros (Odeon, SMOFB 3820 - dezembro/73), primeiro lp individual de Elton (em 1966, dividiu com Paulinho da Viola as faixas do excelente lp "Na Madrugada", RGE) e uma síntese de seu trabalho, "um mapa de sua caminhada", desde um "Mascarada", por exemplo até inéditos como "Avenida Fechada" e "Sebastiana". Produzido por Paulinho "irmão" de Elton há muitos anos e que com ele divide seus "shows" (3), é daqueles lps antológicas da música brasileira: sambas da melhor qualidade interpretados com segurança e elegância por Elton - como Paulinho também um cantor tão bom quanto compositor. Acredito que Elton Medeiros, com este lp tem diante de si uma nova fase de sua carreira: a de intérprete. Juarez Barroso no lúcido texto de contracapa, lembra que Elton Medeiros, carioca da Glória fundador de duas escolas de Samba (Tupi do Brás de Pina e Unidos de Lucas) deixou as quadras das escolas quando elas passaram a ser invadidas por turistas. Compositor de vasto currículo, registrado em vozes como as de Jamelão, Nara Leão, Elizeth Cardoso, Paulinho da Viola, Marília Medalha, Dalva de Oliveira e Elza Soares, Elton é "o popular que se recusa a ser ingênuo". Sua pureza não é a do sambista que, da mesa do botequim, contempla a vida ou a do falso malandro, na base do vamos fazer-um-negocinho pra faturar sem perceber que está sendo utilizado como combustível. Elton não engana e não se deixa enganar. A partir daí, inspiração para ele é apenas a base de um paciente artesanato artístico até atingir um produto final que se coloca entre os melhores de nossa música popular. Neste seu disco estão alguns dos melhores momentos da música brasileira nestes últimos anos. E não poderia ser diferente, tratando-se de uma produção de Paulinho da Viola, realizada com muito amor e que revela um novo maestro e orquestrador: Cristóvão Bastos. Ainda recorrendo ao texto de Barroso, pode-se dizer que Elton sintetiza várias épocas e sensibilidades, desde sambistas de escolas de samba como Joacyr Austeclínio, Zé Keti, Mauro Bolacha e um poeta como Cacaso - professor do Departamento de Letras da PUC-GB e autor da letra de um dos mais velos sambas do disco "Meu Carnaval"; entre um veterano como Ciro de Sousa (autor do "Tenha Pena de Mim", memorável) e os novíssimos Antônio Valente e Cristóvão Bastos (pianista, organista e arranjador) e entre o poeta arquiteto Otávio de Morais (filho da inesquecível Eneida) e o poeta-pedreiro Agenor de Oliveira o Cartola.
Difícil dizer qual a melhor faixa deste lp antológico. Se o "Avenida Fechada", um hino autêntico ao Carnaval, a ternura de "Meu Carnaval", com achados poéticos como "Foi vestida de alegria/E saiu prá não voltar/E eu vestido de tristeza/Cantei para não chorar") a história humana de "Sebastiana", que "Desfilando na Avenida/Vai vestida de princesa/Num Carnaval tristeza/Vai no compasso/De quem pisa na saudade/De quem pisa na verdade/De uma vida de incerteza".
Os temas já clássicos de Elton também estão neste disco maravilhoso: "Fotos e Fatos", "O Sol Nascera" ou "Pressentimento" (com letra de Hermínio Bello de Carvalho).
De um sambista do valor de Elton amigo e companheiro de Paulinho da Viola, não poderíamos esperar resultado diferente: um álbum antológico para quem sabe reconhecer a nossa melhor MPB. Faixas: "Avenida Fechada" (Elton/Cristóvão Bastos/Antônio Valente), "Prá Bater Minha Viola" (Elton), "Pressentimento" (Elton/Hermínio), "Meu Carnaval" (Elton), "Fatos e Fotos" (Elton/Otávio de Moraes), "Mascarada" (Elton/Zé Keti), "O Sol Nascera" (Elton/Cartola), "Vem Mais Devagar" (Elton/Joacyr Sant'Ana), "Sebastiana" (Elton/Ciro de Sousa), "Sandália Dourada" (Elton/Austeclínio), (Elton/Mauro Duarte), "Hora H" (Elton/Antônio Valente) e "Sei Chorar" (Cartola).
Músicos: Christóvão (piano/violão), Dininho (baixo), Dino (violão 7 cordas), Jonas (cavaquinho), Copinha (Flauta e clarinete), Juquinha (bateria); ritmo: Marçal, Dazinho, Nelson Joaquim, Geraldo Sabino e Eliseu.
ROBERTO RIBEIRO
Após modestas participações nos lps de Elsa Soares e Simone (este gravado especialmente para o Brasil Export-73), Roberto Ribeiro fez seu primeiro lp, sozinho na Odeon garantido pela produção deste extraordinário Hermínio Bello de Carvalho, que apresenta o cantor como "mineiro cheio de dengues, meio esquivo e arredio, impressão que se destrói logo que a gente se aproxima de seu coração. Graças a Deus nunca usou de truques e nem entrou nessa de esticar cabelo, desamorenar a pele nem soltar a fieira, fazendo cantar o pião, é essa balezura de pessoa que se sabe (e, por tabela, um grande cantor)". Um sambista de bela voz entre Johnny Alf e Tito Madi em termos de ternura de interpretação, Roberto Ribeiro reuniu um repertório dos melhores para este lp de primeiro nível, que justificou sua inclusão no suplemento dos melhores de 73, como revelação do ano: "E Ela" (Miltinho/Maurício Tapajós/Paulo César Pinheiro), "Sozinha" (Luspicínio Rodrigues), "Anjinho no Morro" (João Laurindo/Jones Santos), "Se Você Não Vê" (Daltão), "Guenta a Mão, Mulher" (Eduardo Marques), "Preconceito" (Wilson Batista/Marino Pinto), "Paz, Amor e Maria" (Tôco), "Olha o Partido" (Xangô da Mangueira/Rubem Gerardi), "Eu Sei" (Reginaldo Bessa), "É Tão Tarde" (Daltão) e "Vida Sem Cor" (Delcio Carvalho/Barbosa da Silva).
CATEDRAL DO SAMBA
Na animada noite paulista entre meia centena de casas de samba de muita animação, a "Catedral do Samba" se firmou como um dos melhores redutos de quem sabe amar a melhor MPB. E assim, das mais louváveis a iniciativa da Phonogram através de sua equipe de produção de São Paulo em realizar este "Catedral do Samba" (Polyfar, 2494520, dezembro/73), onde é dada uma (boa) oportunidade a vários intérpretes novatos, habituês daquela casa. Desfilam nesta produção de Arnaldo Saccomani/Marco Antônio Galvão, os grupos Moçada do Samba ("O Pirata" de Luís Carlos/Murilão; "Cabeleira do Zezé" de J. Roberto/Murilão; "Cabeleira do Zezé" de J. Roberto/Roberto Faissal; "O Vira" de João Ricardo/Lulli; "Alô... Alô..." de André Filho); Filó e conjunto Catedral ("Prá Que Chorar" de Beto Scalla/São Beto; Ninguém Põe a Mão" de Dora Lopes/Jean Pierre; "Camisa 10" de Hélio Matheus/Luís Vagner; "Trem das Onze" de Adoniram Barbosa; "Cotidiano" de Chico Buarque; "Você Não Entende Nada" de Caetano Velloso); Fabião ("Não Deixe a Tristeza Pegar no seu Pé" de Jorge Costa e "Samba do Jegue" de Jorge Costa/Alberto Lacerda); Macumbinha e Família ("Na Escadaria" de Macumbinha/Mutinho); Cirandeiros ("É Carnaval" de Carlinhos/Luiz Antônio); Cyro Aguiar ("Do You Like Samba" de Marcelo Duran), Alcione ("Trem Dendê" de Reginaldo Bessa/Nei Lopes) e A Turma ("Os Escravos de Jó" de Milton Nascimento/Fernando Brant).
NOTAS
(1) "O Mestre Ismael", maio/julho de 1973, direção de Adenor Luna Pitanga, produção da Scorpio, em cores. Exibido no cine Flórida, por ocasião da realização do curso de Introdução a MPB e, que com certificado de Categoria Especial do INC, terá distribuição comercial.
(2) Este lp foi reeditado em 1972 pela Phonogram na série "No Tempo dos Bons Tempos", produção de Maurício Quadrio.
(3) Como "Sarau", atual cartaz na GB e que possivelmente em fevereiro estará sendo apresentado no Teatro do Paiol.
fonte: Tabloide digital - materias do jornalista paranaense Aramis Millarch

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Samba - identidade nacional?





Já postei algumas versões do inicio do samba. Cada vez acredito mais que houve manipulação no processo, leia-se alguns intelectuais sob pressão do Estado para não perder o bonde das manifestações populares. Creio que perdemos muito da história da musica popular brasileira com as obras e a extinção da "Pequena Africa" e a pressão para copiarmos uma jeito parisiense de viver na quase totalidade do Estados do Brasil no inicio do seculo.
O foco dos registros sociologicos foram para mudança estética, apesar das rodas, jongos, lundus, partido estarem ocorrendo em outros locais. O radio e o disco registraram o que já era mercado industrial - não sei ate onde foi interessante o emprego de diversos sambistas nos dois canais midiaticos - e ai novamente poucos mandaram no que ouvimos e vemos até hoje.
O livro do Hermano Viana, o Misterio do Samba, bem conhecido de todos nós, levanta e aborda bem este tema. O professor Tiago de Melo Gomes fez já há algum tempo uma resenha interessante sobre o livro, que vale a pena dar uma olhada:

- leiam um trechinho:
"Aqui tem-se a prova do risco indiscutível da ausência de reconhecimento de fatores que são específicos ao objeto estudado. Com tudo isto, é bastante possível que ao fim do livro, o leitor de O Mistério do Samba se sinta plenamente convencido de que havia, no período estudado, uma demanda por um ritmo que pudesse ser enquadrado como "tipicamente nacional". O que fica no ar é a pergunta: E por que o samba veio ocupar este espaço, em vez de qualquer outro ritmo urbano ou rural existente na mesma época? Havia no período uma enorme diversidade de ritmos "populares", e o fato de a primazia de "ritmo nacional por excelência" ter sido dada ao samba não é algo que se explica por si só. Aparentemente tal idéia não ocorreu ao autor, que unifica toda esta diversidade musical popular do período sob o rótulo "samba"."

(clique na imagem para ler confortalvelmente)
- imagens: Historia do Samba - fasciculos da editora Globo, 1998 - acervo Biblioteca Publica do Parana - scaner: Anildo Guedes
foto Hermano Viana - overmundo
fonte resenha: Revista Brasileira de Historia

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ze da Velha e Silverio Pontes - blog


Agora teremos mais proximidade com um dos grupos que retratam a musica brasileira - emoção, técnica, altissima qualidade, doação, talento e outros adjetivos. Não deixem de ser seguidores. E para quem não ouviu ao vivo - coloca lá como meta.